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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Aviso

Não sou pior nem melhor que ninguém

Isso é só para quem ler saber

Ou mesmo ao ver entender

Que eu sou gente também


Humanizado pela sociedade

Vendo a rigidez desnecessária

Observando nossa palidez precária

Sinto nenhum traço de piedade


Quem dera eu fosse o “superior”

Certeza que eu tenho aos inferiores

É de nunca lhes dar pavor


Ah se fitasse o pagamento da dor

O som de todos os tambores

Me seriam a favor



(esse é um aviso para as pessoas que se acham e não são nada)

domingo, 17 de outubro de 2010

Saindo do Cemitério

Saindo do Cemitério


Eu nunca fui o rei desse império
A sua visão fúnebre nos suga
Todos planejamos sua fuga
Escapando de seu único necrotério

As memórias invadem nosso passado
A luz sumiu do meu mundo
De sua faca, senti um corte profundo
Destruindo tudo, estou acabado

Se seus olhos vissem como os meus
Entenderiam melhor a morte
Do que todos os filhos seus

Sua lâmina perfurou meu peito
Enquanto meu sangue escorria no chão
Morri sem saber o que tinha feito

Capítulo 3 - Não Tenho Medo de Morrer ou Sangrar [FCE]

Chapter 3 – I’m Not Afraid to Die or Bleed

Não Tenho Medo de Morrer ou Sangrar

Os dias escolares continuavam um saco… Novamente em relação às lições que deveriam ser feitas. Tudo bem que a amizade de Jared com os seus amigos na sala (Samuel, Will e James) era totalmente ótima, também eram boas as que ele também tinha com outros amigos e colegas lá, afinal, era meio que “comunicativo” demais, coisa que alguns professores não gostam muito se me entendem. As duplas entre esse quarteto eram divididas entre Jared e James, Will e Samuca, logo, conversavam mais entre a dupla do que com o quarteto, para também não serem chamados a atenção por algum professor. Agora, era o professor Suriel de geografia na sala. Ao menos para a turma de Jared e cia., não era uma aula de se aproveitar: a produtividade de aprendizado era pouca, mas quando havia, os quatro garotos tiravam de letra.

Suriel estava sentado em sua mesa após falar alguma coisa de lição que os estudantes tinham que fazer, claro que Jared e James tentavam fazer, mas não completavam na maioria das vezes. Nisso, James começou a falar com o cabeludo, escrevendo bem pouco agora em seu caderno:

- Pô cara, cê lembra que eu te falei que tô namorando…?

- Ah, sim. Tu tá namorando uma mina chamada, ahn… Pamela?

- Não! Paloma é o nome dela.

- Sei, da garota mais nova que tu, seu Michael Jackson do caminho certo.

- Hahaha – ria um pouco abafadamente, para o professor não lhes chamar a atenção –, mas é que é assim… Ela tá diferente do que era quando eu me apaixonei por ela, cara. Não sei, ela parece meio distante, não parece gostar tanto de ficar do meu lado…

- Vai ver ela pode tá naqueles dias, né malandro?

- Há três semanas?!

- Ah, aí… Bem, não sei quanto tempo uma guria fica de TPM, então… Mas o que tu tá pensando em fazer nessa situação?

- Acho que eu deveria terminar, sabe… Não tá mais a mesma coisa. Antes ela até agüentava eu falar de futebol na frente dos meus amigos, mas agora se eu só falo “Corinthians”, ela já fica irritada.

- Bem não dá pra culpar ela por isso, né? Mas sérião… Tenta fazer de tudo pra reconstruir a base desse prédio que vocês fizeram. Não dá certo você terminar por causa disso, olha meu exemplo, agora mesmo eu poderia nem tá pensando na Julia e estar feliz com outra garota.

- O que aconteceu com você?

- Já que perguntou… Mas desculpa por falar isso, eu devia tá te dando conselhos, só não sei se você interpretará isso como tal, mas enfim. Eu tinha essa namorada, a Ashley, e foi uma batalha pra conseguir o namoro dela… Eu tava conseguindo quase no dia dos namorados do ano passado, mas aí ela não aceitou ainda, isso porque ela queria namorar comigo a partir de uma data especial. Passou um tempo e não sei se fui somente eu, mas começamos a namorar. Olhando agora, nem parece que ela tava em si querendo admitir. Mas aí, terminei por causa de umas coisas, umas coisas bestas baseadas só em suposições, nunca averigüei em si o que rolava com ela entende? E fiquei uns dois meses chorando pra caramba, ou melhor, depressivo ao extremo, tentando voltar e deu nada: ela foi com outro. Esse é meu conselho, cara… Se eu não ficasse cismado com o que acontecia, uma leve ausência e essas coisas, tenho certeza que ela não teria ido morar em outro estado e ainda estaria aqui, namorando comigo e eu seria o homem mais feliz deste mundo inteirinho.

- Poxa, que ruim cara… Eu poderia ter feito quase o mesmo se você não falasse isso…

- Mas dane-se eu, malandro, pensa em ti e ela agora. Tenta de qualquer maneira voltar, fazer algo bom para que vocês sejam tão unidos quanto o começo. Afinal, a vida não é um mar de rosas, porém temos que tentar encher esse mar cada dia mais, para ser cada vez melhor com os tempos que ainda virão.

- E se ela não quiser e já tiver pensado em outro cara…?

- Tu vai botar uma cueca de elefante igual o Mion fez no VMB 2008 e pronto, tudo bem que ela vai se assustar, mas ok. Haha, mas o que eu tô querendo dizer é… Tenta chamar a atenção dela, seja sincero. Pois é certeza que ela gosta de ti, então mete bronca e peça pra conversar com ela. Foda-se o que ela pensar de ti querer terminar, só vai e tenta consertar tudo para que ambos sejam felizes juntos por muito, muito tempo entendeu?

- Vou tentar fazer isso no curso depois de amanhã, então.

- Tentar é o caralho, tu é corintiano e vai fazer, não tentar! Né isso que acontece, senhor Carlitos Tévez?

- Pero que no sei, el Brasil és muy bueno…

- Tão bueno que um chamado Ricardão vai comer teu botão se você não se acertar com tua guria, rapá.

Talvez James estivesse emocional e mentalmente melhor agora… Desabafar com alguém de confiança sempre dá certo. Mas tudo ocorrerá bem para ele, caso este seja o desejo de Deus.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Desinteresse Político

Sobre as eleições que estamos prestes a votar. Fico ligeiramente abismado com o grande desinteresse dos jovens que pode ser visto na grande aceitação do candidato e humorista Tiririca. Sério, pensem um pouco: um artista que vem assim do nada querer ser candidato, e vocês não conseguem ver as propostas dele – vale mesmo votar num candidato assim?


Mas isso pode estar diretamente influenciado com essa coisa da política brasileira está de mal para cada vez pior cada dia que se passa. Mensalão, caras rezando por ter dinheiro roubado, mufufa em cuecas e meias… Realmente fica difícil. Só que muitos desses que ficam reclamando em cima disso, são um bando de imbecis: até são uns dos que mais criticam, mas acabam votando no mesmo ladrão corrupto de sempre.


Desinteresse político… Duas palavras que poderiam ser usadas como sinônimos para o pensamento de muitos brasileiros. Já pensou se todos votassem no mesmo lixo que votaram? As reclamações poderiam ser piores ainda, mas não mudaria nada. Oras o candidato tá lá, ganhando uma pancada de grana por fazer quase nada – a não ser quando se aproximam as eleições –, enquanto você, trabalhador esforçado, pingando suor todo santo dia, tendo de aguentar trânsito para ir e voltar num aperto que nem mesmo formiga vive no formigueiro. Eles prometeram melhoras, mas… Cadê? Uma ou outra faz efeito e/ou acontece, às vezes algumas muito importantes. Só que tudo isso acaba deixando de lado os mais pobres.


O presidente Lula havia dito uma vez que é preciso o pobre deixar de ser pobre para o país melhorar – não exatamente com estas palavras, pois não me recordo exatamente. Se você for olhar, essa é uma grandíssima verdade. Não é verdade que se a sua pessoa tiver uma boa base, a sua vida também melhora? Uma pessoa com boa base familiar acaba se tornando uma boa pessoa – não sempre, infelizmente. Isso talvez soe ligeiramente com o comunismo, com as tribos indígenas, de que poderíamos todos ser uma grande família feliz, unidos por um grande senso de empatia e honestidade, sem tanta discriminação. É triste dizer que é irreal e impossível de se acontecer.


Pense, se o ser humano fosse viver sendo igual a todos, alguém acabaria se revoltando e mudaria essa história. Mudaria a história porque almejaria ter mais posses, mais condições, ser mais do que o outro. Por isso acho quase impossível algum candidato socialista ganhar alguma coisa aqui no nosso querido país. Com dois de meus grandes amigos – Daniel e Caio –, fomos conversar com o candidato a vice-governador no Estado de São Paulo pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), Wagner Farias. São propostas até excelentes no papel: salário mínimo de R$2.000,00; condições de vida muitíssimo boas para o cidadão, o que acarretaria menos problema para adolescentes que trabalham logo após o expediente escolar para obterem uma renda familiar mais confortável, e etc.


Só que aí tem um pequeno problema: seria preciso uma aprovação imensa para que planos como esses citados acontecessem. O dia que o salário mínimo chegar a R$2.000,00 aqui no Brasil só vai piorar, pois possivelmente isso traria consigo um grande aumento nos alimentos mais consumidos pelos brasileiros, como arroz e feijão, por exemplo. Ah, e paremos por aqui de falar sobre essas propostas comunistas, e seguindo o que minha professora de matemática disse no dia da apresentação (o meu grupo pegou o PCB /sadface): “Nunca acredite em comunista”.


Voltando ao que importa… O eleitor brasileiro só precisa de fé. E também de uma conscientização maior por parte de sua juventude. Na minha escola (E. E. Profª. Beatriz de Quadros Leme) ocorreu uma simulação de votação somente com os alunos, e não lembro exatamente os números, mas o candidato do PT a governador de São Paulo, Aloizio Mercadante, ganhou com 75% dos votos, enquanto o tucano Geraldo Alckmin ficou com 20% ou pouquinho mais. Seguindo a mesma linha, Dilma Rousseff (perdoem-me caso esteja errado) que vocês já estão vendo demais na televisão, ganhou com 63%, quase o dobro eu acho em relação ao candidato José Serra. Só que agora você pode estar pensando “então o PT é o melhor!”. Não sei e caso fosse, teria uma aprovação de 80% pra cima, e isso vale pra todos os partidos. Eles só vendem o peixe deles como um grande vendedor faz: mesmo inventando, criando o que é surreal, mas vendem.


Quase ia me esquecendo… Os candidatos do PT ganharam e até o Netinho que só tá junto da Marta Suplicy. E não é porque o PT é realmente o melhor – é um dos melhores em minha opinião, graças ao presidente Lula. Lá os alunos votaram com a colinha do PT, e quando um votava, passava pro outro. Eu vi isso, e isso não é mentira. Claro que não foi com todos, mas aconteceu. Isso mostra o grande desinteresse do povo: já tá ruim, e quando surge a oportunidade de mudar, continuam a mesma droga.


Não acreditem tanto nessas promessas que ouvem no horário político. Vejam as coisas com a razão, observem bastante debates – e se perdeu a oportunidade de vê-los na televisão, veja-os na internet. E tenha uma coisa que sempre te levará longe: fé. Ou esperança, caso prefira assim. Tenha fé no futuro melhor de nosso país, você pode mudar toda uma trajetória com um voto. Afinal, de tustão em tustão se faz um milhão, não é mesmo? Acredite sim que seu país poderá mudar para o melhor possível. Observe as propostas de cada um, procure informações adicionais que possam influenciar no seu voto. Reflita, vote, exija dos candidatos. Nosso país pode sim melhorar, mas com o interesse político da nação para um Brasil cada vez melhor. Voto consciente para não ter que reclamar depois, hein?

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Crítica

É, projeto ou trabalho de matemática. Fiz isso e gostei bastante da arte final, então... Olhem aí minha opinião, e opinem too, please.


É mentira que o Brasil é o país que é o poço de contaminação, ou poluição, como queiram. Os outros grandes países e o tão enobrecido continente Europeu não são assim como o mundo pensa. São tão contaminados quanto, somente passam uma maquiagem a mais – muito bem feita por sinal – que nos faz pensar que viver lá, um estilo de vida dentro desses países é maravilhoso, belo e limpo. Que ingênuo engano o seu, não? No Japão os guardas usam máscaras de oxigênio graças a tão densa poluição dos gases. E pra quem não é guarda, há oxigênio à venda na rua.


Por exemplo um rio nos Estados Unidos que é infelizmente o mais poluído do mundo, e sem brincadeira – até pegou fogo graças à dejetos industriais, queimando duas pontes estadunidenses. E também infelizmente para a população mundial, o país com o maior poder financeiro, o mais temido em inúmeras coisas, é o que mais sofre a degradação de seu meio ambiente. Mesmo com regras duríssimas/rígidas, com várias tecnologias de ponta, pode-se dizer que o controle contra a poluição não se mistura com o capitalismo moderno – assim como água e óleo.


Continuando na maior potência mundial atualmente, seria ilógico você gastar mais com a proteção do meio ambiente. Menos poluição leva a menos produtividade de uma indústria, o que gera a diminuição de salário. Alguns podem até pensar “tudo bem, salário menor, mas ainda dá pra viver”. Mas… Pensem comigo: numa sociedade mundial consumista como a de hoje, isso não causaria um choque, um impacto imenso na economia do mundo – que, por sua vez, tem como maior força os Estados Unidos da América. Essa maneira que a economia usou foi o que levou a essa agressão ambiental, criando uma cicatriz que possivelmente nunca mais sairá do mundo.


Poluição ameaça a vida do planeta, que pode também quebrar as regras que impedem o acumulo – talvez exagerado na visão de grande parte da população mundial – do capital. Pensando de certa forma, capitalismo prefere sobreviver e fazer com que o mundo acabe.

É uma paranóia de perseguição por parte dos estadunidenses. Perseguidos pela sua contradição de não quererem ser mortos pelo seu veneno por viverem no topo, como uma sociedade rica. Perseguidos pelo medo de um país mais pobre que eles (subdesenvolvidos) se aproveitarem da sua fraqueza e superá-los. E a paranóia se confirma com o que G. Hardin, um escritor e sociólogo norte-americano, em uma de suas frases, disse: “Se o mundo se torna uma grande comunidade em que os bens são repartidos igualitariamente, então nós estaremos perdidos”.


Nada de diminuir a produção, aumenta-la sem colocar em risco o meio ambiente, ou aumentar o preço dos produtos. É irônico, pois após matarem a qualidade de vida, eles querem salva-la proibindo a existência. A fome e a miséria não são graças ao excesso de humanos no mundo, mas sim pela má distribuição de renda e má gerência do planeta.

Assim como o doutor Ernest Snyder disse, “o lar do americano médio é mais poluído do que maior parte do ambiente externo”. A riqueza pode até lhe atribuir o conforto, mas quem garante que tal conforto não seja um auto-envenenamento? Alguns cidadãos mais bem-informados preferem até mesmo ficar na rua por causa disso, segundo o doutor Snyder. Afinal, as casas dos cidadãos de classe média estadunidense possuem diversas parafernálias (caldeiras, estufas, etc.) geralmente à gás. Eles praticamente respiram monóxido de carbono toda hora em sua casa, onde deveriam estar seguros do perigo externo. Tudo por causa da propaganda que gera um consumismo ainda maior. “Compre e seja mais feliz”, “Compre e tenha uma vida mais fácil”, entre outras várias frases que não são ditas, mas poderiam ser proferidas facilmente.


O capitalismo é antiecológico, direcionado para a poluição – e, portanto a destruição –, somos os seus pequenos cãezinhos que fazem tudo ordenado a seu desejo. Nós brasileiros somos os mais prejudicados nessa história, pois já não é de hoje que tiram proveito de nossa vasta terra, plantando aqui o que devia ser plantado lá – só que algumas terras dos Estados Unidos custam mais para cultivar. Mas aqui é mais barato e gera um negócio muito bem rentável. Os países mais adiantados como Estados Unidos, Alemanha e Japão, por exemplo, são os que mais dão sofrimento a seus povos com a poluição.


E o homem reage, mesmo vendo tanta coisa destruindo seu espaço? Com o risco de sua própria existência acabar, por que não mudar? Seria o homem burro? Talvez pela obediência cega e sem desacato, sim. A ganância do sistema é maior que o dano aos homens por causa da poluição. O dinheiro torna-se mais importante que a vida – e a qualidade desta também – do próprio ser humano.



O homem está acabando com seu planeta gradualmente, podendo acabar com ele em cinqüenta, cem, duzentos anos… É preciso lutar contra isso. Todas as florestas estão feridas. É urgente que tomem uma posição contra a morte do ser humano na Terra. Você não defende um ser mais fraco quando este é agredido por um mais forte? Você impede o massacre atacando-o, e depois faz as perguntas, o porquê daquilo. Com a Terra deveria ser feito o mesmo: defende-la primeiro e então criar novas condições para melhoria ambiental para que não haja novamente essa preocupação.


O homem conheceu a natureza e declarou guerra para então destruí-la, tornando seu planeta fraco – mas quem disse que ele sairá desta luta vitorioso? A tecnologia o fez apto para acabar com florestas em poucos dias ou destruir de vez o mundo inteiro, ao testar alguma de suas bombas atômicas. A riqueza da natureza poderia ser infinita, se utilizada com moderação.